Vejam só a que ponto cheguei: vasculhar o lixo pra ver se encontro o exemplar do Kazuka onde a garotada dá dicas de como terminar um namoro! Pela cartilha de Hollywood, livrar-se de mulher é a coisa mais simples, basta usar uma machadinha ou não atender mais o telefone. Mas pela Jornada do Herói...
Três meses de relacionamento íntimo, por vezes aprazível, por vezes sofrível, e elas já se acham donas do campinho. Por mais que eu tente dizer adeus, a freira e a jornalista se fazem de desentendidas e continuam às turras com seu passado inglório e futuro em ponto morto. E eu, que tenho coração de manteiga, me emociono, dou trela e não acabo nunca essa história.
Entendam: o caso não é propriamente de amor, acho que mantive certo distanciamento que não ajudou muito essa florzinha crescer (florzinha é brega, hein?), mas o costume tem um baita poder quando a disciplina vira o carro-chefe da atitude, como é o caso. Ou seja, com ou sem inspiração, fiz cada capítulo nascer na forma e tempo determinados, 5ª-feira, 120 linhas, o professor mandou, tá falado. Cumpri a missão, portanto. Mas não venci. Tem que amar a guerra para vencer com glória.
E agora tenho que dar adeus a essas senhorinhas. Encontrar-lhes alguma saída honrosa, que ao menos justifique a efêmera existência. E, mesmo que o happy-end não seja tão happy assim, alguma noção de felicidade deve trazer embutida. Aí é que todos os porquinhos torcem seus rabinhos – quem é que sabe onde está o ponto onde tudo se encaixa e o fluxo simplesmente flui?
Então elas estão aqui, me assombrando com suas vidas de papel, onde basta digitar para tudo se acabar e, entretanto, não consigo. Elas persistem, eu hesito, e sucumbo. Acho que preciso de um príncipe. Me acode, Maquiavel!
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