terça-feira, 15 de junho de 2010

FANTASIA

Estou escrevendo e sofrendo, sem aquele glamour dos filmes, quando o escritor parece possuído enquanto escreve, escreve, escreve, e no fim sai uma pérola que o mundo todo esperava ansiosamente.
Uma de minhas fantasias prediletas tem a ver com um filme, JULIA, com Jane Fonda e Vanessa Redgrave, em que la Fonda interpreta Lilian Hellman, que vivia tempestuoso romance com o também escritor Dashiel Hammet. No filme, eles moravam numa casa à beira-mar, na Califórnia, e quando o Hammet enchia a cara e ficava insatisfeito jogava a máquina de escrever pela janela, aí rolava o maior pau entre eles, ela jurava que ia largar dele, mas os dois se amavam e viveram 30 anos juntos para sempre.
Bom, a idéia de que tanto o amor quanto a arte podiam ser vividos tão intensamente me extasiava. Quer dizer, sempre havia um ponto que, uma vez tocado, permitia que continuassem amando e criando. Um ponto G da arte, digamos assim. Agora um cientista anda dizendo que o G não existe, que é ficção, ou seja, tá na nossa seara, então só posso concluir, frente a toda essa tortura: meu ponto G tá F!