terça-feira, 15 de junho de 2010

A MENTE DE UM MENTOR

Gosto das quintas-feiras. Porque finalmente o capítulo da semana está acabado e sou suficientemente alemoa para me regozijar com tema de casa pronto, e porque é o dia da oficina, dia de encontro, de leituras, de troca, de não se sentir tão terrivelmente sozinho como todo escritor se sente.
Cada tipo de arte demanda o seu fazer solitário, momento em que não tem pra ninguém, é o artista consigo mesmo e seu pincel, seu teclado ou seu cinzel, mas escrever é ofício egoísta por excelência, duelo de palavra é coisa de gente grande. Somos feitos de, e para, sentenças. Em silêncio, sem vaias ou aplausos, vamos encadeando uma na outra até que, ufa!, uma oração. Que em se sucedendo sucessivamente podem compor mundos de imaginação. Puta responsabilidade, portanto.
Aí é que entra nossa bendita oficina, em que comungar idéias, formas e conteúdos tem função importante, valiosa pra desinflamar umbigo. É tri bom ouvir o autor lendo sua história, o Fischer mirando certeiro, os outros dando seus pitacos, questões borbulhando pra tudo que é lado. Agora, pra coisa se completar acho que seria melhor ainda se botassem seus textos online, especialmente para quem, como eu, tem memória auditiva super chinfrim e precisa botar o olho em cima pra fixar e entender melhor. Sem compromisso de ter que ler ou comentar, só pra botar o filho no mundo, que é pra isso que a gente cria, certo?