Soltaram o cara. O assanhado Assange. Soltaram graças a uma vaquinha de dinheiro coletada por cientistas e artistas, todos louquinhos pela liberdade de expressão. Que é uma boa coisa, sure, assim como leite condensado, que nem por isso deve ser recomendado a toda hora.
Então me pergunto: a liberdade pode ou deve ser condicionada a interesses? E esses interesses podem ou devem ser condicionados aos seus propósitos? E esses propósitos podem ou devem ser definidos a reboque de seus mentores? E esses mentores podem ou devem ser entendidos por suas intenções? E essas intenções podem ou devem ser avaliadas pelas ações decorrentes? E essas ações podem ou devem ser avaliadas de acordo com o bem ou mal que acarretam? E quem define isso: deus e o diabo na terra do sol?
Vá se saber!
Particularmente, o que mais chama a atenção em tudo isso é o que revelam as mensagens até agora exibidas: as corporações enganam, os governos forjam, as pessoas mentem! O mundo é hipócrita! Quem diria, hein? Não é totalmente surpreendente isso? Ah, vão se catar!
Agora, pra emparelhar o jogo, o Wikileaks tinha que começar a publicar as mensagens dos que botam abaixo torres, não apenas dos que as constroem. Uma coisa é fuçar e botar na rede mensagem de americano, que inglês todo mundo entende, outra bem diferente é quebrar e publicar o sigilo dos talibãs da vida, da turma que bota fogo quando não gosta do desenho ou do livro de um cara, do pessoal para quem a vida, própria ou alheia, não é limite, portanto não precisa de respeito.
Enquanto isso, aplaudo a brincadeira, mas espero pela coragem.
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